Tanto enchem o saco sobre a trilogia, que como diz minha amigo Helô, dá vontade deixar 50 tons de roxo em algum. É só uma desesperada tentativa de erotizar o crepúsculo.
Eu iria comentar e começava a ler e já caía no sono. Até que encontrei esta magnífica resenha, a the best, a melhor do melhor do mundo:
Então eu li a trilogia Cinquenta Tons de Cinza – formada pelo livro que resenhei em setembro e pelos livros Cinquenta Tons Mais Escuros e Cinquenta Tons de Liberdade, da autora britânica Erika L. James. No post passado eu tinha lido somente o primeiro livro, e fui criticada (com razão) por ter dado minha opinião em cima da obra parcialmente avaliada. Por isso estou escrevendo novamente, para dizer que fiquei feliz por ter lido os três livros. Só serviu para reafirmar a minha crítica anterior. A obra é ruim. Fraca. Irritante. E uma cópia deslavada de Crepúsculo.
Agora vamos desenvolver o raciocínio. Quando li o primeiro livro só tinha achado ele arrastado e a personagem principal - Anastasia Steele - extremamente boba e irritante, e minha crítica tinha basicamente a ver com o quanto a obra era infantilizada e atrairia leitores de uma faixa etária não apropriada. Depois de ler os três fiquei ainda mais irritada com a obra, porque como o primeiro ficava só na promessa (basicamente enrolava e não acontecia nada), ainda existia a possibilidade dos outros dois salvarem a história...
Pessoal que ainda não leu os três: a partir deste ponto o texto possui spoilers (ou seja, possuem informações que podem estragar a surpresa de quem ainda não conhece o texto. Só leia se quiser conhecer as informações ou se já leu a trilogia).
Assim como em Crepúsculo, Ana é perseguida por "pessoas más". Ambos os casais casam em um período ridículo de tempo depois de iniciar a relação. Os dois personagens principais homens são controladores, muito ricos e superprotetores. As duas engravidam "sem querer", causando um problema no relacionamento. Em certa passagem, Grey algema Ana, e depois se arrepende por ter deixado marcas nos braços e pernas dela. Edward, na primeira noite com sua esposa – ainda humana – também se arrepende das marcas deixadas em Bella. Tirando as interjeições cansativas da Ana, ao pensar sobre Grey, que são iguais o tempo todo, todo o livro é ridiculamente igual à saga dos vampiros.
A diferença básica é: a autora de Crepúsculo criou personalidade para personagens fantasiosos. A escritora de "50 Tons", mesmo querendo criar um personagem "real", fez um homem que não existe. O livro é de ficção, mas teria que ser de ficção científica para que Grey conseguisse fazer o tanto de sexo que faz com Ana. Ele teria que ser um robô! E eu não tenho nada contra Ana ser virgem aos 21 anos (como afirmaram nos comentários). Muito pelo contrário. O problema é que os dois como casal não convencem – pelo menos não convenceram a mim. O livro teria que ser descrito como "conto de fadas erótico", e não "romance erótico".
No início do segundo livro PARECE que a autora vai sair um pouco da narrativa repetitiva, quando começa a descrever a história de Grey quando criança. Mas logo ela volta a ser cansativa e o livro é basicamente extremamente superficial. Algumas pontas sobre a história dele ficaram perdidas, assim como a descrição da cena em que Ana é sequestrada, depois de entrar em um banco ARMADA para sacar R$ 5 milhões de dólares (uma coisa muito plausível) foi simplesmente cortada no meio. Parece que a autora cansou de descrever o fato. Após Ana ter dado um tiro na perna do sequestrador ela desmaia. Na próxima página tudo estava resolvido, os bandidos estavam presos e todo mundo foi feliz para sempre.
A minha opinião é a mesma do primeiro texto, e eu não sou do tipo que não dá o braço a torcer. Se a história tivesse se desenvolvido de outra forma, não teria problema nenhum em admitir isso neste post. Mas não foi o caso. O livro é bobo. Não mudei minha opinião depois de ler a obra toda - aliás, ela só piorou. Se eu tivesse lido somente o primeiro livro, neste momento eu odiaria MENOS a história.
FIM DO SPOILER
Assim como quando "O Código Da Vinci", de Dan Brown, foi lançado e depois muitos copiaram a ideia, alguém já lançou outra trilogia erótica – copiando 50 Tons de Cinza. O primeiro livro da série chama Toda Sua, e eu já terminei de ler. Pretendo fazer um comparativo sobre as duas trilogias em breve.
Obrigada por acessarem e deixarem comentários. Quero deixar aqui meu respeito para quem gostou dos livros - cada um tem sua opinião, e por isso o que eu escrevi aqui chama-se "resenha crítica" e não "verdade absoluta". O texto é baseado na MINHA percepção da obra, conforme MINHA bagagem emocional e literária. Cada um tem a sua!
Beijos e até a próxima! =)
Paula Barbosa Ocanha
Eu iria comentar e começava a ler e já caía no sono. Até que encontrei esta magnífica resenha, a the best, a melhor do melhor do mundo:
26/11/2012
Então eu li a trilogia Cinquenta Tons de Cinza – formada pelo livro que resenhei em setembro e pelos livros Cinquenta Tons Mais Escuros e Cinquenta Tons de Liberdade, da autora britânica Erika L. James. No post passado eu tinha lido somente o primeiro livro, e fui criticada (com razão) por ter dado minha opinião em cima da obra parcialmente avaliada. Por isso estou escrevendo novamente, para dizer que fiquei feliz por ter lido os três livros. Só serviu para reafirmar a minha crítica anterior. A obra é ruim. Fraca. Irritante. E uma cópia deslavada de Crepúsculo.
Agora vamos desenvolver o raciocínio. Quando li o primeiro livro só tinha achado ele arrastado e a personagem principal - Anastasia Steele - extremamente boba e irritante, e minha crítica tinha basicamente a ver com o quanto a obra era infantilizada e atrairia leitores de uma faixa etária não apropriada. Depois de ler os três fiquei ainda mais irritada com a obra, porque como o primeiro ficava só na promessa (basicamente enrolava e não acontecia nada), ainda existia a possibilidade dos outros dois salvarem a história...
Pessoal que ainda não leu os três: a partir deste ponto o texto possui spoilers (ou seja, possuem informações que podem estragar a surpresa de quem ainda não conhece o texto. Só leia se quiser conhecer as informações ou se já leu a trilogia).
Assim como em Crepúsculo, Ana é perseguida por "pessoas más". Ambos os casais casam em um período ridículo de tempo depois de iniciar a relação. Os dois personagens principais homens são controladores, muito ricos e superprotetores. As duas engravidam "sem querer", causando um problema no relacionamento. Em certa passagem, Grey algema Ana, e depois se arrepende por ter deixado marcas nos braços e pernas dela. Edward, na primeira noite com sua esposa – ainda humana – também se arrepende das marcas deixadas em Bella. Tirando as interjeições cansativas da Ana, ao pensar sobre Grey, que são iguais o tempo todo, todo o livro é ridiculamente igual à saga dos vampiros.
A diferença básica é: a autora de Crepúsculo criou personalidade para personagens fantasiosos. A escritora de "50 Tons", mesmo querendo criar um personagem "real", fez um homem que não existe. O livro é de ficção, mas teria que ser de ficção científica para que Grey conseguisse fazer o tanto de sexo que faz com Ana. Ele teria que ser um robô! E eu não tenho nada contra Ana ser virgem aos 21 anos (como afirmaram nos comentários). Muito pelo contrário. O problema é que os dois como casal não convencem – pelo menos não convenceram a mim. O livro teria que ser descrito como "conto de fadas erótico", e não "romance erótico".
No início do segundo livro PARECE que a autora vai sair um pouco da narrativa repetitiva, quando começa a descrever a história de Grey quando criança. Mas logo ela volta a ser cansativa e o livro é basicamente extremamente superficial. Algumas pontas sobre a história dele ficaram perdidas, assim como a descrição da cena em que Ana é sequestrada, depois de entrar em um banco ARMADA para sacar R$ 5 milhões de dólares (uma coisa muito plausível) foi simplesmente cortada no meio. Parece que a autora cansou de descrever o fato. Após Ana ter dado um tiro na perna do sequestrador ela desmaia. Na próxima página tudo estava resolvido, os bandidos estavam presos e todo mundo foi feliz para sempre.
A minha opinião é a mesma do primeiro texto, e eu não sou do tipo que não dá o braço a torcer. Se a história tivesse se desenvolvido de outra forma, não teria problema nenhum em admitir isso neste post. Mas não foi o caso. O livro é bobo. Não mudei minha opinião depois de ler a obra toda - aliás, ela só piorou. Se eu tivesse lido somente o primeiro livro, neste momento eu odiaria MENOS a história.
FIM DO SPOILER
Assim como quando "O Código Da Vinci", de Dan Brown, foi lançado e depois muitos copiaram a ideia, alguém já lançou outra trilogia erótica – copiando 50 Tons de Cinza. O primeiro livro da série chama Toda Sua, e eu já terminei de ler. Pretendo fazer um comparativo sobre as duas trilogias em breve.
Obrigada por acessarem e deixarem comentários. Quero deixar aqui meu respeito para quem gostou dos livros - cada um tem sua opinião, e por isso o que eu escrevi aqui chama-se "resenha crítica" e não "verdade absoluta". O texto é baseado na MINHA percepção da obra, conforme MINHA bagagem emocional e literária. Cada um tem a sua!
Beijos e até a próxima! =)
Paula Barbosa Ocanha