Boca suja - The fanzine
A saudade corrói. É triste e suave. Ela nos torna amargos, chorosos e saudosos.
Quando chega, faz com que tudo lembra quem ou o que deixou saudades. Chega e se instala. Faz-se de tudo para espantá-la, mas não adianta. Ela fica, faz casa bem rapidinho dentro do coração e da mente. Tudo, mas tudo mesmo lembra o que não se quer lembrar. É dona do ultimo pensamento de um dia e do primeiro do outro dia. Só da ela. Não sai. Não da trégua. O sorriso é saudoso. A lagrima é saudosa. A brincadeira é saudosa. Nada a espanta ou a afasta. Ela é companheira inseparável e imensurável, apaixonada e dedicada, cruel e assassina, leva embora a alegria, tira o sossego, a paz. Ela é que dirige nossa vida agora.
O vento é motivo de saudade! A chuva também!! O sol igualmente!! Uma musica, um brinquedo, um espelho, uma fotografia, uma comemoração, um amigo, um colega, uma rua, um carro, um aroma, a fragrância de um perfume... traz lembranças...traz saudades...melancolia!! Nostalgia!!!
Primeiro, lágrimas, muitas lágrimas, lamentações, choro compulsivo. Vontade de sumir de morrer...Aquela sensação de sufoco, de inquietude, de desconforto.
Lentamente a dor vai amenizando, as lágrimas diminuem, tornando-se escassas. Chega o tempo que somente uma ou outra insiste em escorrer.
O sorriso retoma o seu lugar.
A saudade se transforma. Passa a gostosa lembrança.
Contudo, basta um motivo banal, para que tudo seja revivido e sentido. E ela esta la novamente, talvez com mais suavidade, mas batendo o ponto,dizendo que nunca se foi totalmente, somente...deu um tempo...
(Rosane Roehrs Gelati)
e-mail – Rosane.r.gelati@gmail.com
(texto extraído do jornal Letras Santiaguenses)
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O bom de não estar escrevendo monografia mesmo que para vender, é poder dar minha opinião:
Saudade tem remédio.
Como diz aquele poéta popular "A saudade dói..." mas até quando?
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