quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

30 anos sem Elis Regina



Elis Regina é considerada a mais rock´n roll das cantoras de MPB! Fui uma verdadeira adoradora de Elis, já que nasci há dez mil anos atrás numa época em que a mulher era muito mais discriminada e combatida que hoje. Lembrando que aquela era a sinistra e aterrorizante época da ditadura, que fazia Hittler parecer um anjo ou querubim!
 O país ainda é o mesmo Brasil. Além de cantora (e das mais espetaculares, num tempo em que cantores tinham que ter voz e talento), ainda era dona de uma auto-estima de dar inveja! E esta inveja contribuiu muito para seu fim prematuro. A ela dedico este humilde poema e para os que quiserem saber mais da tragetória desta magnífica pessoa que nos iluminou por pouco tempo, abaixo clonei do netsaber.com.br uma biografia. As coisas mais maravilhosas que me lembro dela além de suas músicas de um entusiasmo contagiante foram que ela cantou o que viria a ser o hino da anistia, a música O Bêbado e a Equilibrista.








Elis


O sorriso escancarado


a voz maviosa

o rosto alegre

os olhos travessos

quem diria

amargura escondiam!


Tive também o prazer inenerrável de estar em frente a estátua em sua homenagem (em Porto Alegre-RS), tão importante neste apocalipse orquestrado a funk carioca e outras baixarias.


Deixo um vídeo que monstra minha adorada Elis em ação, cantando uma das minhas favoritas, Madalena:





BIO:

Elis Regina
(Cantora brasileira)
17/03/1945, Porto Alegre (RS) 
19/1/1982, São Paulo (SP) 

Para muitos, Elis foi a maior cantora brasileira de todos os tempos. Incomparável em técnica e garra, a "Pimentinha", o "Furacão Elis", como era chamada, lançou compositores como João Bosco e Aldir Blanc, Renato Teixeira, Fátima Guedes. A primogênita do casal Romeu Costa e Ercy Carvalho Costa foi a primeira pessoa a inscrever sua voz como instrumento na Ordem dos Músicos. 


Em 1956, passou a integrar o elenco fixo do programa, Clube do Guri, da Rádio Farroupilha de Porto Alegre. Em 1959, assinou seu primeiro contrato profissional com a Rádio Gaúcha também de sua cidade natal. 



Em 1965, venceu o 1º. Festival Nacional de Música Popular Brasileira (TV Excelsior) com "Arrastão" (Edu Lobo e Vinícius de Morais). Dois dias depois, estreou no Teatro Paramount (SP) o show "Elis, Jair e Jongo Trio", que, gravado ao vivo, se tornou o LP "Dois na Bossa". Com sucesso do disco, ela e Jair Rodrigues estrelaram o histórico programa semanal "O Fino da Bossa". 



O programa saiu do ar em junho de 1967, porém, Elis continuou ao lado de Jair Rodrigues nos três programas da série "Frente Única - Noite da MPB" (TV Record). Em dezembro, aos 22 de idade, casou-se com Ronaldo Bôscoli, 16 anos mais velho. Logo, nasceu seu primeiro filho, João Marcelo. 



O casamento terminou em 1972 e, em 1974, casou-se com o pianista César Camargo Mariano. Viveu em São Paulo, onde nasceram: Pedro, em 1975; e Maria Rita, em 1977. Em 1981, separou-se de César. 



Sua carreira internacional ficou mais importante a partir de 1968, quando cantou nas TVs inglesa, holandesa, belga, suíça e sueca. De volta à TV Record, em 1969, fez a série de programas "Elis Studio", dirigida por Miéle e Bôscoli. Em maio, viajou para Londres, onde gravou um LP com o maestro inglês Peter Knight. Em junho, na Suécia, gravou um LP com o gaitista Toots Thielemans. 



"Elis & Tom", disco com Tom Jobim, saiu em 1974. Na inauguração do Teatro Bandeirantes (SP), cantou ao lado de Chico Buarque, Maria Bethânia, Tim Maia e Rita Lee. No ano seguinte, lançou "Falso Brilhante", em disco e nos palcos, show que assistido por 280 mil pessoas. 



Pela TV Bandeirantes, em 1979, demonstrou a sua intimidade com São Paulo em um programa no qual passeava pela cidade com Adoniran Barbosa e visitava Rita Lee. E participou do Show de Maio, com renda revertida para o fundo de greve dos metalúrgicos de São Paulo, no estúdio da Vera Cruz, em São Bernardo do Campo, para 5 mil pessoas. 



Naquele ano, gravou "O Bêbado e a Equilibrista", imediatamente apelidado de "Hino da Anistia". No 13º Festival de Jazz de Montreux, na Suíça, foi aplaudida por 11 minutos. Para agradecer a platéia, fez uma jam session com Hermeto Pascoal. 



Em 1980, o show "Saudade do Brasil" reuniu no palco 24 músicos e bailarinos. No ano seguinte, fez o espetáculo "Trem Azul", com cenário de Elifas Andreato. Teve morte repentina, em 19 de janeiro de 1982. Foi velada no Teatro Bandeirantes, e vestia a camiseta proibida pela ditadura militar no show "Saudade do Brasil": a bandeira brasileira, com seu nome escrito no lugar de "Ordem e Progresso".

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