sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Remédio para usar 100% do cérebro

Imagine ter uma capacidade cerebral que te deixasse malhado, rico, inteligente e estiloso. Tudo isso tomando um comprimidinho. Sonho de consumo? Não, um filme, pior que o tal remédio existe mas tem restrições.

Clonagem do blog Café com filme:


Crítica do filme Sem Limites

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Atuação de Bradley Cooper combinada com roteiro inovador, cenas de transição interessantes e trilha sonora de qualidade fazem deste filme uma boa opção para quem busca um filme interessante e bem feito.

A história de Sem Limites foca num tema muito interessante: a possibilidade de usar 100% do cérebro. Só por explorar um assunto desejado por todos os humanos, o filme já ganha certa credibilidade. Claro, se o diretor não soubesse dar um foco apropriado à ideia, de nada adiantaria falar do melhor tema do mundo, mas não é o caso aqui, pois o diretor Neil Burger soube desenvolver uma boa história em cima do assunto.
Em Sem Limites, conhecemos Eddie Morra (Bradley Cooper), um escritor que está sem criatividade e perdido na vida. Ele tem uma última chance de salvar sua carreira, mas o desânimo parece ser maior. Tudo, no entanto, muda quando ele encontra o ex-cunhado, que oferece uma nova droga capaz de ativar o funcionamento completo do cérebro. O “traficante” dá a primeira pílula para Eddie experimentar, porém, logo avisa que cada uma custa 800 dólares.
Eddie hesita por um momento, mas depois de um tempo, vê que não tem nada a perder, ainda mais que está na pior e a droga pode ajudar a resolver parte dos problemas. Ao usar pela primeira vez, vemos uma mudança radical. O filme ganha mais contraste, cores vivas e vemos o escritor tornando-se um gênio (como a droga realmente prometia), produzindo boa parte de seu livro em poucas horas – esse efeito é repetido posteriormente e é um diferencial da película.
Para quem gosta apenas de aproveitar o filme, nada de muito falho é apresentado. Todavia, quem prefere implicar com os mínimos detalhes, pode começar a ver alguns furos no roteiro logo após as primeiras vezes em que Eddie usa a droga. Não vem ao caso comentar o que exatamente existe de errado, até porque, para mim os pequenos detalhes não atrapalharam em nada o resultado final do filme.
Depois de alguns acontecimentos inusitados, Eddie acaba conseguindo a droga gratuitamente e em grande quantia. Contudo, ele não pensou (mesmo com o cérebro funcionando 100%) que a droga poderia trazer efeitos colaterais. Aos poucos, vemos excelentes sequências de imagens, em que Morra viaja por ruas infinitas, em alta velocidade – mostrando que a mente do rapaz está rodando a mil (tais cenas são usadas mais de uma vez e são bem legais).

A vida de Eddie muda cada vez mais de rumo e ele decide partir para o mercado de ações (atitude sábia, afinal, mesmo o ser humano mais inteligente do mundo buscaria mais dinheiro). Ele então conhece ninguém menos que Carl Van Loon (Robert De Niro), homem poderoso do ramo, que chama Morra para ajudar nos negócios.
A atuação de De Niro é bem limitada, mas não porque o ator não tenha capacidade, porém, porque o papel dele é pouco utilizado. Por outro lado, Bradley Cooper se supera, ainda mais que estamos acostumados com o Cooper de Se Beber, Não Case. Outros personagens não são muito importantes na história, ainda mais que são apenas pequenos sujeitos que entram no enredo para tentar complicar (ou ajudar) a vida do escritor.

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