Tem horas que a gente se sente como o rapaz da história cheia de moral cujo pai morreu e ele ''era brigado'' com o pai, por causa de dinheiro. Quando jovem ele queria um carro que o pai não deu, e 20 anos depois, quando o pai morre ele abre uma bíblia pra ler um trecho no enterro - já que tinha se tornado um cara importante com os estudos que o pai o obrigou a fazer - e a comunidade esperava discurso - e ali descobre um velho cheque com pelo menos seis zeros, suficiente até agora para a compra de um carro novo. Cara de pirulito foi pouco, meus leitores!
Tema recorrente (quem não quiser ler, saia), a amizade ultimamente tem sido muito atuante. Hoje abri um material que recebi pra avaliar, comentar e etc e tals e fiquei até envergonhada.
Há um tempo tinha vindo um disco tão legal de ouvir enquanto a gente viaja, ou mexe na casa, ou inventa uma nova arte, atividade esta que vai enlouquecer os que moram conosco. A pronúncia errada é de rachar de rir, mas o importante é a comunicação. Minha teoria mas eu mesma rio litros. E eu não tinha ido lá na página ouvir, mas quando fui... Gente, como tem gente sensível. Eu ouvia aquelas músicas que eram o mesmo que uma narração dos meus dias. E desde sempre, desde que eu era pequena e estes malucos nem me conheciam. Na verdade não conhecem, mas o pouco que viram foi o suficiente pra produzir não uma, mas uma centena de músicas, e nem precisavam dizer que algumas letras são sobre as nossas andanças e as minhas excentricidades, ainda bem que o rock é gritante! hahahah
Não sei se alguém sonha ser musa. Eu sempre fui. E o que me impressiona é que mesmo agora que me retirei da vida ainda continuo a encontrar nas curvas da estrada um ou outro bardo.
Tá, a qualidade de algumas deixa a desejar até a fã mais entusiasta como eu e como as minhas amigas de sempre. Mas que comovem, comovem.
E eu vejo que sempre fiquei aqui, falando dos maus, enquanto tenho tantos bons, que seja com música, seja com grafite, seja com bolo, seja com pão, seja com churrasco (que eu nem posso comer, carne me faz mal) me dão tanta coisa boa.
Mesmo que estejamos espalhados por aí, alguns exilados como eu, outros a vista, alguns que a gente nem encontrou ou conheceu ainda, somos membros desta enorme fraternidade secreta que se chama fé na vida.