Muitos astros começam ''causando''. Começam se enfeiando, inventando gestos obscenos, protestos e demais mimimis e de repente vão se ''aviadando'' - e não tomem isso como homofobia, é a única palavra qu e cabe no afrescalhamento a que se dedicam após uns míseros trocados e conseguir pegar uma famosidade. Somente um deles tem sido fiel e linear e por isso genial em sua verossimilhança: este homem se chama Lemmy Kilmister e do Olympus nos legou o Motörhead.
Porém o tempo, este mau, sempre vem de sopetão nos mostrar que nossa vida já acabaou há décadas e que de repente somos poeira ao vento fazendo hora extra sobre a terra. Hoje o rock e o metal são sinônimos não de protesto, de mudança ou de atitude, mas de grifinhas baratas, cabelos chapinha e batom boticário e perfume fedido de baunilha.
Apesar de ainda entre nós, o momento de o perdermos se encaminha a passos largos. E um pedaço imenso da minha inconformidade com o rumo cada dia mais afrescalhado e fútil que toma a humanidade está para desaparecer, pois ele não deixa herdeiros.
Embora visto como um dos deuses, seu corpo humano começa a dar sinais de fraqueza e sua imensa legião de fãs não foi suficiente para produzir alguém que desse o maior foda-se a tudo que é monocromático na vida e na arte.
Posso perdê-lo. Poucos, como eu, os raros e loucos, como dizia Hermann Hesse, sentirão um golpe fatal. Coisa que a geração gaminho nunca entenderá. Assim como ele, desapareceremos deste mundo, sem deixar outros que continuem a viver a vida plenamente, visceralmente e mostrando que isso é possível. A frescuragem continuará. A arte sempre indo só pelo caminho da anorexia. A pedofilia reinando. Mas lá numa galaxia distante, tenho fé, estará nos esperando Lemmy Kilmister.
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