Muitos ignoram que um grupo que antes foi pequeno, mas ruidoso que só, conquistou outras minorias pelo Brasil afora e até pelo mundo, oferece alternativa àqueles que não suportam toda aquela hipocrisia e pornografia escancarada que é o carnaval.
Esta alternativa, pra mim, desde que descobri em meados dos anos 1990 a cidade de Curitiba e, supreendentemente, uma micro cena (naquela época) undergound, é o Psychocarnival. Este ano, a 15º edição do festival Psycho Carnival teve dois momentos: um no Jokers Pub e outro no rock carnaval, organizado surpreendente pela mesma prefeitura que proibiu que o Misfits se apresentasse na cidade. As atrações nacionais foram nada mais, nada menos que Kráppulas, Sick Sick Sinners, Crazy Horses, The Brown Vampire Catz e Ovos Presley (que acabou não tocando por um malfadado acidente - na minha opinião, macumba). As internacionais: Salidos de La Cripta, da Colômbia e as austríacasBurning Aces e Anal Destination.
http://www.youtube.com/watch?v=3VGgcXTOkyA&list=UUVo5eSyTqwE-RLea0AWCw3Q&feature=c4-overview
Na seção que seria gratuita e evento aberto (o que não aconteceu e resultou até em facadas) teve as atrações Beijo AA Força,Pelebrói Não Sei, Hillbilly Rawhide, Motorocker, Cadela Maldita e Mystery Trio, Diablo Fuck Show (Porto Alegre), Camarones Orquestra Guitarrística (Natal),King Kurt e The Sharks (Inglaterra) e The Mullet Monster Mafia (Piracicaba).
http://www.youtube.com/watch?v=IHQRRpL-0sc
http://www.youtube.com/watch?v=nNKJz2AO47U&list=UUVo5eSyTqwE-RLea0AWCw3Q&feature=c4-overview
Já falei aqui do meu grande amor pelo No Milk, então esta edição será dedicada a favorita da minha primeira filha, dos meus ''enteados'' e de músicas que sempre fizeram parte do nosso dia a dia. Uma coisa que a gente não escolhe, ela acontece. Fiquei lembrando da Curitiba fria enquanto derretia a fantasia de zumbi numa multidão da Zombie Walk (no começo eram poucos gatos pingados e a população xingava um monte). Quase nem entro de tanta gente, mas, acabei cabendo lá dentro depois de horas de espera.
Até que após um mega show do Cadela Maldita
http://www.youtube.com/watch?v=nEZ-BB_igys
que me lembrou a primeira vinda do Slayer, lá vieram os primeiros acordes do que seria um show em que consegui me manter de pé o tempo todo e ainda bangear como nos tempos do Michael.
Eu já fiz uma entrevista nos tempos do falecido E-zine da cooperativa nacional de zineiros, e do projeto fracassado blá blá blá e é com esta que começo:
http://www.youtube.com/watch?v=nNKJz2AO47U&list=UUVo5eSyTqwE-RLea0AWCw3Q&feature=c4-overview
Fiquei ali ouvindo aquelas músicas e lembrando da minha filha mais nova pequenininha, da loucura que me deu pelo meu marido e de tanta doidice que fiz em nome de um amor doente e incompreendido (coitado) que dura até agora de minha parte pelo menos, mas, nós, os escritores, somos, como diz o Lewd, obscuros, de mente sub-reptícia.
E se às vezes a gente consegue o que quer em todo ou em parte, é estranho olhar pra trás. E naquela montanha de gente num lugar em que até os New Yorkers que aparecem pra tocar são enxotados e roqueiro é tido como lixo, fiquei me sentindo que tinha ido ao lugar errado, mas o som tava certo e tava valendo.
Começaram com a maravilhosa Teddy Holiday Club que é a cara do festival. Parecia que eu estava abrindo de novo os cds Positivamente Mórbido e o Lágrimas Alcoólicas.
http://www.youtube.com/watch?v=JMoDl9_7TMc&list=UUVo5eSyTqwE-RLea0AWCw3Q&feature=c4-overview
Quando tocaram Céu sem cor, a mais conhecida, e por isso uma da que eu menos ouvia, embora tenha feito umas mil paródias como faço com tudo que ouço, chorei e ri muito, porque ali se encerrava um capítulo importante da nossa saga com chave de ouro sonora. Quem diria que ao contrário de ''tudo é tão legal, basta não sonhar'' não fosse virar inscrição na minha urna e sim ''tudo que era alegria hoje é um céu sem cor'' poder virar uma tatuagem. Somos Assim encerrou este, que deve ser o último show a que consegui assistir (em pé pelo menos e alive and kicking). Obrigada, de coração, a esta banda, cujas músicas me acompanharam em tantos momentos terríveis em que eu esgoelava as frases, cortava o dedo em corda de aço, e aliviava a alma. Obrigada por terem criado estas músicas.
As facadas, surpreendentemente, desta vez não foram em mim. E garotos, seus pais, crianças e bebês se juntaram numa celebração do que é o rock. Isso é rock. And roll.
É, o inferno pode congelar. Curitiba não é mais curitiba. Eu fui embora e comigo, foram nas, célebres palavras do No Milk Today, voltaram ''pra sua cova, geração maldita, que um mundo viciado em futuro nos deixou''.
Esta alternativa, pra mim, desde que descobri em meados dos anos 1990 a cidade de Curitiba e, supreendentemente, uma micro cena (naquela época) undergound, é o Psychocarnival. Este ano, a 15º edição do festival Psycho Carnival teve dois momentos: um no Jokers Pub e outro no rock carnaval, organizado surpreendente pela mesma prefeitura que proibiu que o Misfits se apresentasse na cidade. As atrações nacionais foram nada mais, nada menos que Kráppulas, Sick Sick Sinners, Crazy Horses, The Brown Vampire Catz e Ovos Presley (que acabou não tocando por um malfadado acidente - na minha opinião, macumba). As internacionais: Salidos de La Cripta, da Colômbia e as austríacasBurning Aces e Anal Destination.
http://www.youtube.com/watch?v=3VGgcXTOkyA&list=UUVo5eSyTqwE-RLea0AWCw3Q&feature=c4-overview
Na seção que seria gratuita e evento aberto (o que não aconteceu e resultou até em facadas) teve as atrações Beijo AA Força,Pelebrói Não Sei, Hillbilly Rawhide, Motorocker, Cadela Maldita e Mystery Trio, Diablo Fuck Show (Porto Alegre), Camarones Orquestra Guitarrística (Natal),King Kurt e The Sharks (Inglaterra) e The Mullet Monster Mafia (Piracicaba).
http://www.youtube.com/watch?v=IHQRRpL-0sc
Como o blog é meu e eu falo do que eu quiser, tenho que reconhecer que todos fizeram os shows mais incríveis, mas, como já estou há anos no bico do corvo e morrendo uma morte muito lenta, - os ocasionais seguidores já leram - mas com períodos de melhoria, consegui assistir uma noite toda, que tinha exatamente uma banda que orquestrou grandes momentos desta vida pregressa, por um acaso, muitos dos piores, mas a culpa não é de ninguém. Viver é alto risco, e eu sempre corri. Pago o preço. E não me arrependo de pelo menos 20% das minhas decisões.
Quando me mudei pra Curitiba, o que ocorreu gradativamente até oficializar nos início do 21st century breakdown, a minha paixão eram os Ovos Presley. Apesar de já existir o Pelebroi, eu, burramente, acreditava num bando de zé inveja que dizia que eles e o No Milk Today, Relespública, Tetris, Magaivers, Faicheclairs, etc... eram uma panelinha de mimimi mimimi mimimi. O tempo mostrou que era o contrário. Hoje estas mesmas pessoas estão na fila do gargarejo de seus shows, alguns dublês de jornalantas.http://www.youtube.com/watch?v=nNKJz2AO47U&list=UUVo5eSyTqwE-RLea0AWCw3Q&feature=c4-overview
Já falei aqui do meu grande amor pelo No Milk, então esta edição será dedicada a favorita da minha primeira filha, dos meus ''enteados'' e de músicas que sempre fizeram parte do nosso dia a dia. Uma coisa que a gente não escolhe, ela acontece. Fiquei lembrando da Curitiba fria enquanto derretia a fantasia de zumbi numa multidão da Zombie Walk (no começo eram poucos gatos pingados e a população xingava um monte). Quase nem entro de tanta gente, mas, acabei cabendo lá dentro depois de horas de espera.
Até que após um mega show do Cadela Maldita
http://www.youtube.com/watch?v=nEZ-BB_igys
que me lembrou a primeira vinda do Slayer, lá vieram os primeiros acordes do que seria um show em que consegui me manter de pé o tempo todo e ainda bangear como nos tempos do Michael.
Eu já fiz uma entrevista nos tempos do falecido E-zine da cooperativa nacional de zineiros, e do projeto fracassado blá blá blá e é com esta que começo:
http://www.youtube.com/watch?v=nNKJz2AO47U&list=UUVo5eSyTqwE-RLea0AWCw3Q&feature=c4-overview
Fiquei ali ouvindo aquelas músicas e lembrando da minha filha mais nova pequenininha, da loucura que me deu pelo meu marido e de tanta doidice que fiz em nome de um amor doente e incompreendido (coitado) que dura até agora de minha parte pelo menos, mas, nós, os escritores, somos, como diz o Lewd, obscuros, de mente sub-reptícia.
E se às vezes a gente consegue o que quer em todo ou em parte, é estranho olhar pra trás. E naquela montanha de gente num lugar em que até os New Yorkers que aparecem pra tocar são enxotados e roqueiro é tido como lixo, fiquei me sentindo que tinha ido ao lugar errado, mas o som tava certo e tava valendo.
Começaram com a maravilhosa Teddy Holiday Club que é a cara do festival. Parecia que eu estava abrindo de novo os cds Positivamente Mórbido e o Lágrimas Alcoólicas.
http://www.youtube.com/watch?v=JMoDl9_7TMc&list=UUVo5eSyTqwE-RLea0AWCw3Q&feature=c4-overview
Quando tocaram Céu sem cor, a mais conhecida, e por isso uma da que eu menos ouvia, embora tenha feito umas mil paródias como faço com tudo que ouço, chorei e ri muito, porque ali se encerrava um capítulo importante da nossa saga com chave de ouro sonora. Quem diria que ao contrário de ''tudo é tão legal, basta não sonhar'' não fosse virar inscrição na minha urna e sim ''tudo que era alegria hoje é um céu sem cor'' poder virar uma tatuagem. Somos Assim encerrou este, que deve ser o último show a que consegui assistir (em pé pelo menos e alive and kicking). Obrigada, de coração, a esta banda, cujas músicas me acompanharam em tantos momentos terríveis em que eu esgoelava as frases, cortava o dedo em corda de aço, e aliviava a alma. Obrigada por terem criado estas músicas.
As facadas, surpreendentemente, desta vez não foram em mim. E garotos, seus pais, crianças e bebês se juntaram numa celebração do que é o rock. Isso é rock. And roll.
É, o inferno pode congelar. Curitiba não é mais curitiba. Eu fui embora e comigo, foram nas, célebres palavras do No Milk Today, voltaram ''pra sua cova, geração maldita, que um mundo viciado em futuro nos deixou''.
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