Quando me decido por uma "peregrinação" esotérica não há o que me segure. Sabendo que Florianópolis anda muito movimentada e que nao tem como controlar os problemas de cidade grande, não fomos de carro. Tudo superconsiprou pra que a gente chegasse até meio que rápido. Carona pra rodoviária, ônibus semi-direto saiu em meia hora, horas de viagem reduzida, e após um tour pelas praias mais espetaculares possíveis, com água na boca, chegamos a imensa Floripa.
A exposição é (ainda não acabou) dentro da rodoviária, num centro cultural (Rita Maria, uma escrava detentora dos segredos de cura pelas ervas que só os africanos dominam tão bem); já daí minha filha comentou uma coisa interessante. Tantos dizem que o catarinense é racista, isto e aquilo. E ali as homenagens aos afros (dentre os quais os curitibanos nos incluiram, mesmo sendo loiras descendentes de alemães, italianos e ela de poloneses e húngaros) estão em toda parte. De cara, na rodoviária, na passarela Nego querido e etc.
Disseram a minha filha que a cidade era pequena e poderia-se ir à pé a toda parte. Mas, era mais uma das inúmeras fantasias curitibanas, a cidade é muito grande. Muito bem planejada. Que sorte tivemos em não pegar nenhum trânsito! Era já a energia do Tibet!
O começo da cerimônia de abertura seria as 7, chegamos às 5, não dava pra ir a praia matar a saudade do mar.
Ficamos rodando de mochilão ali pelo centro. E tome momento senta-que-lá-vem-a-história, minha companheira teve que sair da fase Hannah Montanna e entrar na literatura. Sorte que já vinha lendo um dos inúmeros "Pra gostar de ler". Deve ser uma das poucas tweens que tem este hábito (meio genético) de se munir de um bom livro assim que se anuncia uma jornada.
Encontramos uma igreja antiga, maravilhosa, perdida no meio do calçadão cheio de lojas. Não vou mentir que nós não estávamos fuçando todas as lojas imagináveis comprando bobeiras. Mas foi providencial encontrarmos este local lindíssimo que nos levou de volta aos tempos dos romances antigos.
A coincidência com o horário sagrado da Ave Maria é que foi mágica.
O hotel que nos indicaram era ali mesmo, mas o recepcionista foi ultra-honesto: se quiséssemos ir à praia e voltar meio dia, o melhor era ir direto pra Lagoa da Conceição e dormir ali.
Dificilmente o Tibet encontraria local com maior afinidade espiritual para receber esta benção tão especial das relíquias do Buda e dos Monges. Antes de adentrarmos a exposição participamos de uma cerimônia de abertura conduzida pela Lama Santen, que alguns de vocês devem ter visto na TV. Uma paz que não tem como descrever é irradiada nestes locais. Eu já entrei de lenço de papel na mão, porque não tem como evitar a emoção quando me encontro com estas maravilhas.
Trouxe uma sutra nova, um DVD com expo anterior, incenso tibetano, que eles sempre trazem para quem não pode ir até lá, gostaria de ter comprado a exposição inteira (impossível, imagine, comprar um santuário) incluindo as pessoas.
Ficamos encantadas com a simpatia das pessoas, com o atendimento, com o rapaz que conversou conosco enquanto tomávamos lanche numa confeitaria. E com a quantidade de pessoas simples e bacanas por cm3.
Em sua primeira visita a ilha, minha filha definfiu bem: uma São Paulo com praia.
Olha, Floripanos e Floripanas, o nosso grande amor por vocês, mas que deu uma pontinha de saudade da praia aqui de cima, lá isso deu! Nada como a região de Piçarras pra ter praia deserta e água azul.
Meu Karma melhorou muito com esta incursão, foi a primeira viagem em que não passei raiva e nem tive nenhum, mas nenhum prejuízo.
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