Ou:
Sábios conselhos de um garoto de 12 anos - homenagem a raríssima mostra de inteligência encontrada no garoto Victor!
Assim que a internet virou uma doença no Brasil, os E-mails passara a ser um depósito de correntes e mensagens inúteis e as pessoas se vangloriavam de ter listas de mil pessoas que jamais abriam seus arquivos anexos, mas as faziam se sentir celebridades iguais ao casal nacional.
Eu enviava pedidos de eliminação de lista e recebimento de mensagens pessoais apenas e felizmente as via desaparecer. Pessoas que antes sempre falavam com você, te telefonavam, que viviam na sua casa, se recusavam a responder o menor dos seus e-mails e a estranhos vivia fazendo verdadeiras maratonas de mensagens, anexos, respostas, réplicas e tréplicas.
O mesmo não acontecendo com a maioria, que se desesperava e mantinha aquelas caixas entupidas de spam para poder manter os números. A matemática nunca esteve tão em alta!
" E no início o Brasil descobriu o Orkut..."
E assim, de um momento para o outro, nossos perfis criados em 2003/4 que tinham 10, 15 pessoas no máximo foram invadidos em 2005 por hordas de pessoas se auto denominando amigos. Pessoas com quem você trabalhou e que jamais falou com você, vizinhos antipáticos, inimigos de escola, parentes esnobes, todos vinham com suas fotos irreconhecíveis retocadas no photoshop, mulheres de cabelo chapinha mais esticados que fio elétrico, sorridentes, com descrições de perfil que em nada conferiam com a realidade de suas personalidades, pedindo ADD! E naquele tempo, remoto, você teria que, obrigatoriamente, receber um convite. Acho que eu fui a primeira pessoa a ter seu perfil deletado e denunciado e tive que implorar outro convite com a identidade - erroneamente - verdadeira para abrir um que durou uns tres anos. Adicione apenas quem você conhece, tenha interesses comuns e faça parte de sua vida. Ou vai passar por isso., se já não passou!
Invariavelmente, toda vez que não aguentava mais a caixa de scraps vir cheia de 80 mensagens de uma mesma pessoa por dia, eu escrevia explicando que prefiro contatos pessoais apenas, e que se continuasse scrap coletivo de figurinha sem significado nenhum teria de eliminar, lá vinha pedrada e choro de novo.
Vejam este depoimento de uma ex-poetisa compulsiva: ''Ah, amiga, todo mundo começou a me deletar porque eu mandava coisas bonitas...''
Resposta:
Tá, abra um blog com os seus poemas e mande apenas um por semana, ou convide a visita e espere, se ninguém responder ou aparecer, se conforme, como eu me conformei!
Nesta mesma época, a febre dos blogs tomou conta do mundo e tive seis blogs deletados e denunciados por panelinhas que tem como único projeto de vida debochar e humilhar os que não aguentavam mais receber spams e os classificaram como lixo eletrônico.
O desespero de ter mais de mil seguidores era tamanho, que mal você iniciava uma conversa e a pessoa já disparava: você tem Orkut? - e se você negava, ela virava as costas e sumia. Ou pior: se oferecia para criar um para adicioná-la, com e-mail, senha e tudo!
Nossos primeiros blogs foram um termômetro das relações equivocadas. Enquanto todas as pessoas que fizeram parte de nossas vidas abriam os seus e ali se adicionavam uns aos outros, nós éramos bloqueados, não mencionados, excluídos e denunciados. Uma vez recebi numa lista um pedido de denúncia do meu falecido blog Curitiba - cidade sem alma, e do meu perfil no meu próprio e-mail! Ou o do meu zine que transformei em blog e foi alvo de todo tipo de denúncia até sua exclusão e do meu perfil.
Até que migrei para o Facebook (que já estava ali criado sem uso) onde tinha mais tranquilidade. Não aguentava mais as cobranças das pessoas que fizeram do meu perfil um cemitério, e da minha caixa de scraps um despejo quando as deletava.
Mas, pouco tempo depois lá vem a horda de novo!
Para muitos, a internet virou uma ferramenta de volta à infância, de se transformar naquilo que sempre quis ser, e muitos, como bons brasileiros, desesperados por notoriedade, passaram a viver para isso: se apossar das iniciativas de outros, postar, manipular, eleger, destruir... E sempre com um bando de obedientes mais fiéis que cães de sarjeta!
É inacreditável que estas pessoas consigam manter empregos! Só o fato de passarem as 24 horas de seu dia dedicados a perturbar a vida dos outros na internet seria motivo de internação!
Sábios conselhos de um garoto de 12 anos - homenagem a raríssima mostra de inteligência encontrada no garoto Victor!
Assim que a internet virou uma doença no Brasil, os E-mails passara a ser um depósito de correntes e mensagens inúteis e as pessoas se vangloriavam de ter listas de mil pessoas que jamais abriam seus arquivos anexos, mas as faziam se sentir celebridades iguais ao casal nacional.
Eu enviava pedidos de eliminação de lista e recebimento de mensagens pessoais apenas e felizmente as via desaparecer. Pessoas que antes sempre falavam com você, te telefonavam, que viviam na sua casa, se recusavam a responder o menor dos seus e-mails e a estranhos vivia fazendo verdadeiras maratonas de mensagens, anexos, respostas, réplicas e tréplicas.
O mesmo não acontecendo com a maioria, que se desesperava e mantinha aquelas caixas entupidas de spam para poder manter os números. A matemática nunca esteve tão em alta!
" E no início o Brasil descobriu o Orkut..."
E assim, de um momento para o outro, nossos perfis criados em 2003/4 que tinham 10, 15 pessoas no máximo foram invadidos em 2005 por hordas de pessoas se auto denominando amigos. Pessoas com quem você trabalhou e que jamais falou com você, vizinhos antipáticos, inimigos de escola, parentes esnobes, todos vinham com suas fotos irreconhecíveis retocadas no photoshop, mulheres de cabelo chapinha mais esticados que fio elétrico, sorridentes, com descrições de perfil que em nada conferiam com a realidade de suas personalidades, pedindo ADD! E naquele tempo, remoto, você teria que, obrigatoriamente, receber um convite. Acho que eu fui a primeira pessoa a ter seu perfil deletado e denunciado e tive que implorar outro convite com a identidade - erroneamente - verdadeira para abrir um que durou uns tres anos. Adicione apenas quem você conhece, tenha interesses comuns e faça parte de sua vida. Ou vai passar por isso., se já não passou!
Invariavelmente, toda vez que não aguentava mais a caixa de scraps vir cheia de 80 mensagens de uma mesma pessoa por dia, eu escrevia explicando que prefiro contatos pessoais apenas, e que se continuasse scrap coletivo de figurinha sem significado nenhum teria de eliminar, lá vinha pedrada e choro de novo.
Vejam este depoimento de uma ex-poetisa compulsiva: ''Ah, amiga, todo mundo começou a me deletar porque eu mandava coisas bonitas...''
Resposta:
Tá, abra um blog com os seus poemas e mande apenas um por semana, ou convide a visita e espere, se ninguém responder ou aparecer, se conforme, como eu me conformei!
Nesta mesma época, a febre dos blogs tomou conta do mundo e tive seis blogs deletados e denunciados por panelinhas que tem como único projeto de vida debochar e humilhar os que não aguentavam mais receber spams e os classificaram como lixo eletrônico.
O desespero de ter mais de mil seguidores era tamanho, que mal você iniciava uma conversa e a pessoa já disparava: você tem Orkut? - e se você negava, ela virava as costas e sumia. Ou pior: se oferecia para criar um para adicioná-la, com e-mail, senha e tudo!
Nossos primeiros blogs foram um termômetro das relações equivocadas. Enquanto todas as pessoas que fizeram parte de nossas vidas abriam os seus e ali se adicionavam uns aos outros, nós éramos bloqueados, não mencionados, excluídos e denunciados. Uma vez recebi numa lista um pedido de denúncia do meu falecido blog Curitiba - cidade sem alma, e do meu perfil no meu próprio e-mail! Ou o do meu zine que transformei em blog e foi alvo de todo tipo de denúncia até sua exclusão e do meu perfil.
Até que migrei para o Facebook (que já estava ali criado sem uso) onde tinha mais tranquilidade. Não aguentava mais as cobranças das pessoas que fizeram do meu perfil um cemitério, e da minha caixa de scraps um despejo quando as deletava.
Mas, pouco tempo depois lá vem a horda de novo!
Para muitos, a internet virou uma ferramenta de volta à infância, de se transformar naquilo que sempre quis ser, e muitos, como bons brasileiros, desesperados por notoriedade, passaram a viver para isso: se apossar das iniciativas de outros, postar, manipular, eleger, destruir... E sempre com um bando de obedientes mais fiéis que cães de sarjeta!
É inacreditável que estas pessoas consigam manter empregos! Só o fato de passarem as 24 horas de seu dia dedicados a perturbar a vida dos outros na internet seria motivo de internação!
Quando o passarinho azul veio ao Brasil substituindo o passarinho verde, a coisa complicou ainda mais! Eu recebia e-mail me implorando para seguir - detalhe- as mesmas pessoas que já tinha explicado um trilhão de vezes o por quê de não desejar manter contato com elas! E nem elas comigo! Cansei de ler em seus tweets: me indiquem para que eu consiga o máximo de seguidores.... Como se isso fosse uma questão de vida ou morte! Eu respondi sempre: a partir do momento que alguém se interessar por você ter ido a um supermercado, recebido outro celular de operadora, se endividado pra comprar eletrônicos, ou pelo que você acha de futebol, eu indico sim.
Talvez no dia de São Nuncas RáRáRá de Bala de Ice Kiss!
Realmente...acho, também, que incentiva o consumo.
ResponderExcluirJornada.
ResponderExcluirEstou pronta
a plantar flores sobre pedras.
A sedar falsos alertas,
a abortar indiferenças
e a carregar sonhos
mesmo que se tornem fardos pesados.
Estou pronta pra suportar ventos gelados
e a jogar planos ingênuos
com fútia ao mar.
Estou pronta
pra encher o espelho de sorrisos,
fechar as porteiras das ameaças,
a driblar todos os perigos,
e a encerrar noites negras
com o brilho tôsco
de lerdas estrelas.
Estou preparada,
pra iluminar sombras,
adormecer personagens sem vida,
beber lágrimas em jarras,
a repudiar melancólicas recordações,
e a investigar os estranhos.
Estou apta,
a sorrir com a face amarelada,
a pisar em saudades travadas,
a matar baratas.
Estou disposta
a percorrer labirintos,
a desafiar abismos,
a debilitar dores reais.
Cecília Fidelli.
Wild - Continue sendo sua admiradora.
ResponderExcluirPaz e Poesia, sempre em sua vida,
Ci.