Bárbara Heliodora Guilhermina da Silveira (São João del-Rei, c. 1758* — São Gonçalo do Sapucaí, 24 de maio de 1819) foi uma poetisa brasileira. Foram seus pais o Dr. José da Silveira e Sousa e D. Maria Josefa Bueno da Cunha. Para alguns estudiosos, era descendente de uma das famílias paulistas mais ilustres: a de Amador Bueno, o aclamado. (fonte: antoniomiranda.com.br).
Foi a primeira poetisa brasileira. Daí o leitor já tem uma ideia de sua força, garra e persistência. Aos 20 anos apaixonou-se pelo poeta (e inconfidente - sim da turma do Tirandentes, dãã) Alvarenga Peixoto. Deste amor nasceu Maria Efigência, antes do casamento, numa época pré-histórica dos direitos humanos e das mulheres. Participou ativamente da organização da inconfidência brasileira, que pretendia libertar o país, como já havia acontecido nos Estados Unidos. Alvarenga lhe escreveu muitos poemas, este trecho é da primeira fase:
''Bárbara bela, Do Norte estrela,
Que o meu destino sabes guiar,
De ti ausente Triste somente
As horas passo A suspirar.''
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''Água e pomo faminto não procuro;
grossa pedra não cansa a humanidade;
a pássaro voraz eu não aturo.
Estes males não sinto, é bem verdade;
porém sinto outro mal inda mais duro:
da consorte e dos filhos a saudade!
Era a poetisa dos inconfidentes, e chamada de princesa do Brasil por eles, e sua filha
Maria Efigênia de princesinha do Brasil. Lutou e conseguiu manter 50% dos seus bens, fato inédito.
Para denegrir sua imagem, diziam que ela andava esfarrapada e louca, mas isso foi comprovado ser mentira. Viveu forte, combativa e lúcida até o último momento de sua vida.
Sua obra, naturalmente, foi destruída e apenas três de seus inúmeros poemas foram preservados: um para sua primeira filha, quando morreu prematuramente, e outro - Conselho a meus filhos. Trecho do poema ''O sonho''
''Não vos deixeis enganar
Por amigos, nem amigas;
Rapazes e raparigas
Não sabem mais, que asnear;
As conversas, e as intrigas
Servem de precipitar.''
Existe uma visita virtual ao museu da inconfidência onde imagens desta época em que viveram tantos personagens intensos e inconformistas (para nós o pior defeito de alguém é ser conformista) podem nos dar ainda mais pena do ´pái s de hoje, click:
http://www.museudainconfidencia.gov.br/interno.php
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