dos anos 70!
Nos idos de 80, bem no final, era triste ver o Raul chateado, se sentindo esquecido, pois acontecia a explosão das rádios Rock em SP, criadas para divulgar as bandas das gravadoras que começaram a apostar no gênero como RPM (irkk), Ira!, Engenheiros do Hawaii, Capital Inicial, Paralamas, Lobão (o primeiro a cair no gosto aborrescente graças a prisão com maconha, mudando a imagem de playboy pra radical junkie), Legião Urbana, blitz, nenhum de nós, 24 horas por dia, e não tocavam suas músicas. Nem a mais popular Hey Al Capone!, que hoje mudaria para Hey Barak Obama.
O que era espantoso, pois tinha uma legião de fãs fiéis, mas a s majors pensavam apenas em criar uma identidade rock nos então adolescentes. Era um desgosto pra mim olhar seu rosto inchado, barbudo, cabisbaixo. Aprendi a amar aquele Raul que desafiava o mundo com sua estravagância. Aquele cara em cima do palco capaz de ter uma multidão na palma das mãos. Este, que estava ali na minha frente não era mais o mesmo Raul. O início, o fim e o meio.
Aquele apoiado no Marcelo (Marcelo Nova) em cima do palco, para não cair literalmente, era um outro Raul. Um cara que só o Sílvio Passos
, além do Marcelo, tentava levantar. Espero que ele esteja ouvindo lá em cima quando hoje, aqueles que nem eram nascidos quando ele morreu (e o único celebrity da época a ir a seu velório (Ô tristeza)
foi o Kiko Zambianchi, magrinho então...) gritam sem parar a frase título. Eu e minha filha, continuamos assim porque "todo mundo tem que reclamar": tocando Raul.
Esperamos que a frase da sutra "passeia no mundo da Luz/pleno de Luz/e cheio de alegria" (trad. livre) seja a sua vida atual, e see you in 2012!
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