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E em homenagem a minha tão querida poetisa vou colocar um poema bobinho que escrevi depois de assistir a um seriado e que gerou uma tonelada de e-mails ciumentos e reclamões:
Vicius Vinícius
Tenho ensinado tanto
mas aprender que é bom, necas
cartas que você nem abre
poemas que nunca le
canções que nunca vai ouvir
ficam mofando no CD
E ainda assim
não cura o vício
de compor e escrever.
De verdade, nunca escrevo pra ninguém especificamente, as vezes em que fiz isso fui tão criticada que passei a escrever para situações e pessoas inexistentes. Tem gente que consegue que seus parceiros adorem tudo o que escrevem (ou que pelo menos leiam para fazer uma ''society''). Adoram as músicas que toscamente conseguem fazer arranjos do -re- lá - sol no violão - coisa que eu também faço.
Como adoro gente sincera, meus ''musos'' sempre foram enfáticos ao dizer que
não acham a menor graça nem em ler. Muitas vezes a sinceridade traz consigo uma boa dose de tosquice.Na última poetagem, meu karma incrível me fez compor para um poeta que nem ao menos abria os e-mails e respondia com aquele tenebroso: li sim. Teve a primeira, segunda e, pelamor, terceira vez seria persistir no erro e na acefalia. Portanto, bem explicado aqui: Vinícius é apenas o nome de uma centena de alunos em escolas onde atendo, deu uma brincadeira sonora, e por isso caiu no nome.
A situação do compositor, músico e poeta está num seriado antigo, daqueles que eram bem straight to the heart tão fora de moda na onda do funk carioca e uma gorda horrenda (melancia) virando a Fafá de Belém do terceiro milênio, filmes nacionais mostrando o Rio como se aquilo podre fosse o país inteiro e etc. Quando vejo meus teens lendo com seus olhinhos azuis brilhantes os poemas que recebo diariamente, vejo que pode ser que ainda haja esperança para a poesia pelo menos aqui no nosso vale encantado.
Bom demais visitá-la.
ResponderExcluirFaço isso de vez em quando e fico surfando...
Ci.