segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

O tão falado 50 tons de cinza

Tanto enchem o saco sobre a trilogia, que como diz minha amigo Helô, dá vontade deixar 50 tons de roxo em algum. É só uma desesperada tentativa de erotizar o crepúsculo.
Eu iria comentar e começava a ler e já caía no sono. Até que encontrei esta magnífica resenha, a the best, a melhor do melhor do mundo:

26/11/2012


Então eu li a trilogia Cinquenta Tons de Cinza – formada pelo livro que resenhei em setembro e pelos livros Cinquenta Tons Mais Escuros e Cinquenta Tons de Liberdade, da autora britânica Erika L. James. No post passado eu tinha lido somente o primeiro livro, e fui criticada (com razão) por ter dado minha opinião em cima da obra parcialmente avaliada. Por isso estou escrevendo novamente, para dizer que fiquei feliz por ter lido os três livros. Só serviu para reafirmar a minha crítica anterior. A obra é ruim. Fraca. Irritante. E uma cópia deslavada de Crepúsculo.

Agora vamos desenvolver o raciocínio. Quando li o primeiro livro só tinha achado ele arrastado e a personagem principal - Anastasia Steele - extremamente boba e irritante, e minha crítica tinha basicamente a ver com o quanto a obra era infantilizada e atrairia leitores de uma faixa etária não apropriada. Depois de ler os três fiquei ainda mais irritada com a obra, porque como o primeiro ficava só na promessa (basicamente enrolava e não acontecia nada), ainda existia a possibilidade dos outros dois salvarem a história...

Pessoal que ainda não leu os três: a partir deste ponto o texto possui spoilers (ou seja, possuem informações que podem estragar a surpresa de quem ainda não conhece o texto. Só leia se quiser conhecer as informações ou se já leu a trilogia).

Assim como em Crepúsculo, Ana é perseguida por "pessoas más". Ambos os casais casam em um período ridículo de tempo depois de iniciar a relação. Os dois personagens principais homens são controladores, muito ricos e superprotetores. As duas engravidam "sem querer", causando um problema no relacionamento. Em certa passagem, Grey algema Ana, e depois se arrepende por ter deixado marcas nos braços e pernas dela. Edward, na primeira noite com sua esposa – ainda humana – também se arrepende das marcas deixadas em Bella. Tirando as interjeições cansativas da Ana, ao pensar sobre Grey, que são iguais o tempo todo, todo o livro é ridiculamente igual à saga dos vampiros.

A diferença básica é: a autora de Crepúsculo criou personalidade para personagens fantasiosos. A escritora de "50 Tons", mesmo querendo criar um personagem "real", fez um homem que não existe. O livro é de ficção, mas teria que ser de ficção científica para que Grey conseguisse fazer o tanto de sexo que faz com Ana. Ele teria que ser um robô! E eu não tenho nada contra Ana ser virgem aos 21 anos (como afirmaram nos comentários). Muito pelo contrário. O problema é que os dois como casal não convencem – pelo menos não convenceram a mim. O livro teria que ser descrito como "conto de fadas erótico", e não "romance erótico".

No início do segundo livro PARECE que a autora vai sair um pouco da narrativa repetitiva, quando começa a descrever a história de Grey quando criança. Mas logo ela volta a ser cansativa e o livro é basicamente extremamente superficial. Algumas pontas sobre a história dele ficaram perdidas, assim como a descrição da cena em que Ana é sequestrada, depois de entrar em um banco ARMADA para sacar R$ 5 milhões de dólares (uma coisa muito plausível) foi simplesmente cortada no meio. Parece que a autora cansou de descrever o fato. Após Ana ter dado um tiro na perna do sequestrador ela desmaia. Na próxima página tudo estava resolvido, os bandidos estavam presos e todo mundo foi feliz para sempre.

A minha opinião é a mesma do primeiro texto, e eu não sou do tipo que não dá o braço a torcer. Se a história tivesse se desenvolvido de outra forma, não teria problema nenhum em admitir isso neste post. Mas não foi o caso. O livro é bobo. Não mudei minha opinião depois de ler a obra toda - aliás, ela só piorou. Se eu tivesse lido somente o primeiro livro, neste momento eu odiaria MENOS a história.

FIM DO SPOILER

Assim como quando "O Código Da Vinci", de Dan Brown, foi lançado e depois muitos copiaram a ideia, alguém já lançou outra trilogia erótica – copiando 50 Tons de Cinza. O primeiro livro da série chama Toda Sua, e eu já terminei de ler. Pretendo fazer um comparativo sobre as duas trilogias em breve.

Obrigada por acessarem e deixarem comentários. Quero deixar aqui meu respeito para quem gostou dos livros - cada um tem sua opinião, e por isso o que eu escrevi aqui chama-se "resenha crítica" e não "verdade absoluta". O texto é baseado na MINHA percepção da obra, conforme MINHA bagagem emocional e literária. Cada um tem a sua!

Beijos e até a próxima! =)
Paula Barbosa Ocanha

 

domingo, 20 de janeiro de 2013

Um pioneiro chamado Buddy Holly

Estes dias uma música dele grudou na minha mente e eu fiquei igual a personagem Allisson, do seriado Medium que em um dos episódios não consegue fazer uma música parar de tocar dentro de sua cabeça até resolver mais um crime. No caso de Buddy, eu, extremamente supersticiosa comecei a pensar que aconteceu a mesma coisa (hahaha) mas vamos ao que interessa:

Ele começou a gravar em casa, em 1949, aos 13 anos, músicas acústicas pois os violões elétricos surgiriam mais tarde graças ao Fender, mas esta história da guitarra eu já contei. Em 1952, Bob Montgomery o acompanhou ao bandolim em músicas country, mas já com ritmo mais acelerado e tendendo pro rock. Na época o rock era mal visto e nem tinha este nome, era música de crioulo, apenas negros tocavam o que posso classificar como pai do rockabilly. Era assim um bluegrass, mais ou menos.


 As músicas eram Two timing woman e Little footsteps on the snow. Em 1953  Jack Neal e Buddy gravaram uma brincadeira que fizeram no rádio e mais tarde Bob Buddy e Larry Trio fizeram um pequeno studio em Wichita Falls, Texas. Era o início de suas muitas composições - 40 apenas registradas - para um músico corajoso (era constantemente boicotado, criticado e humilhado por tocar música de negro), graças a quem tivemos o rock a billy que derivou no rock como temos hoje.
Ele também criou uma das primeiras gravadoras independentes, chamada Prisma, para que os músicos tivessem liberdade de criação e direitos reconhecidos.
Seu trabalho influenciou muitas bandas e artistas como

The Beatles, Elvis Costello, The Rolling Stones, Don McLean, Bob Dylan, Steve Winwood, and Eric Clapton
 e é público e notório que os Beatles só escolheram este nome em homenagem a sua banda, The Crickets, uma grande influência.

Ele foi uma das primeiras personalidades a ser homenageado no rock'n roll hall of fame em 1986.

Fã de Elvis Presley, resolveu juntar a sonoridade dos instrumentos que começavam a surgir e criar um estilo inconfundível, criando clássicos que até hoje embalam a vida de milhares de pessoas.

Uma delas, especialmente, Peggy Sue foi escrita quando ele bateu na porta errada, e encontrou aquela garota linda, que mais tarde se casou com seu baterista. Até hoje ela é uma celebridade e tem programa de rádio.

Buddy Holly picture

Uma pena que estev entre nós por pouco tempo e sua carreira tenha durado apenas um ano e meio.
Acredito em algumas teorias da conspiração e mistérios revelados que rezam que as celebridades vem à nós com tempo pré-determinado. Sabem que serão sacrificadas assim que sua missão se cumpre.

O pior de sua partida é que, sendo combatidos pelos puritanos provicianos que viam no recém-nascido rock um perigo, pois os jovens se tornavam cada vez mais independentes e inovadores, por uma macabra ''coincidência'' morrer três grandes astros na queda do mesmo avião é no mínimo suspeito. Com ele estavam Ritchie Vallens ( La Bamba ), e Big Bopper.

Acidente que vitimou Buddy, Ritchie e Big Bopper

www.youtube.com/watch?v=nPa_xSt...

Para o leitor ter uma idéia, seria o mesmo que nos dias de hoje morrerem a Lady Gaga, o Justin Bieber e o Psy no mesmo acidente.

Aos 22 anos, nosso querido criador de tanta música, que levou tanta alegria a muitos jovens, e que foi duramente criticado e combatido, mas nada disso jamais o desanimou, deixava a terra um pouco mais jovem, mas com o coração para sempre marcado. Assim como Ritchie, criador da canção Donna que até hoje é querida.

Foto tirada pouco antes da tragédia.

Há um filme, que como todo filme feito sobre celebridades, é fantasioso, mas que o ator incorporou Buddy e canta tão bem que vale a pena assistir, já está legendado para os preguiçosos:
https://www.youtube.com/watch?v=CfS8gjgqqqI

Este dia, que ficou conhecido como o dia em que a música morreu foi imortalizado em canções e a mais popular aqui no Brasil é American Pie - Don McLean.


Mas eu comecei esta conversa contando que a música, que é esta, grudou>

https://www.youtube.com/watch?v=QjFRHIhSvwc


Muitos anos atrás eu pensei ter encontrado o meu Buddy Holly. Apesar de minha firme decisão em não me envolver com músico de jeito nenhum porque isso é pedir pra ser infeliz, tinha conhecido alguém que pensei ser tão corajoso como Buddy, criativo e viver para a música e pela música, mas ele se revelou um burocrata e nunca passei do platonismo e muita briga, felizmente.

Então, querido Buddy, aí na sua nuvem, saiba que ainda faz muita gente suspirar.

... ''sometimes you sigh''...

 

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

In vino veritas - não, pera.... In internet...

Sabe o que é isso?
Queria dizer: no vinho a verdade, ou seja, neguinho bebeu, começa a falar a verdade. Sempre que alguém te esculachar com a desculpa da bebedeira, saiba que é este sentimento nobre que a pessoa traz por você no coração.

Agora, com a internet melhorou esta ferramenta de detecção de mau caráter e falsidade em pelo menos um milhão por cento.

Um dia você acorda e descobre que publicaram - o que pode ser usado em processo inclusive como prova documental - uma montanha de asneiras e delírios de desocupados sobre você em rede social.
E descobre mais: gente que você jurava ter nascido com cérebro, está ali, obediente, apoiando.


E o prejuízo não é seu, agradeça a Deus e cante até a música da Rita Lee porque quanto antes nos livramos de quem não presta e prefere viver desocupado, melhor.

http://www.youtube.com/watch?v=rswex5AdHeE