sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Lemmy, the killer mister!

Quando pude vê-lo pessoalmente no final dos anos 80 graças ao fanzine em que cooperava com a maravilhosa hoje jornalista S. H. (nem sei se posso publicar os nomes dos meus antigos amigos íntimos, então, qualquer semelhança com pessoas vivas, mortas ou zumbis como eu é mera coincidência ou não), e também graças ao meu péssimo hábito de trabalhar de graça para ''amigos'' que hoje posam de English speakers, fiquei atônita com duas coisas: Primeiro com a simplicidade dele, e outra com o cavalheirismo.
Cheguei toda chiquérrima (pra época) de vestido e salto mais ou menos alto (sou pior que Charlie Brown Jr: odeio gente chic e não uso sapato). E ele:
- I´ve been waiting from a girl in blue jeans and Motörjead T-shirt.
(estava esperando uma garota de jeans e camiseta do Motörjead)
Nem precisa dizer que me dispus a trocar de roupa na hora, mas ele disse que não e pediu champagne enquanto respondia às minhas e as dezenas de perguntas de outros garotos que ali apareciam implorando pra que eu servisse de intérprete nos tempos pré-globalização.
Este mesmo cara que tinha sido um dos meus mais queridos e style ídolos, amigo de Joey Ramone e dos meus grandes deuses, ali estava tranquilo, paciente, após ter perambulado pela Avenida São João e bebido ''a glass of cachaça'' como diz o Massacration. 
Agora saiu sua biografia, da qual recebi um trechinho, e assim que o livro chegar, farei como fiz com o do meu adorado Joey: colocarei num blog grátis já que as editoras só publicam livros traduzidos por garotos que escrevem que o livro do caralho porra é do fodido etc... e traduzem igual o uso que fazem do vaso sanitário.
O que está escrito aí, teacher?
''Poucos poderiam se gabar de ter usado mais drogas, bebido mais bourbon, ou se divertido com mulheres do que o vocalista do Motörhead.''
Em tempo: ele não se divertiu aqui com a teacher porque eu tenho um gosto horrível para pessoas e relacionamentos, muito pior.
White line fever é um livro no mínimo interessante até para os pós underground burocratas de plantão. É dedicado a Susan Bennett que ''deve ter sido aquela'' (aquela melhor que o resto). Depois de ter traduzido as 600 páginas do Mickey Leigh numa sentada só no afã de dividir com 4 pessoas, este vai ser baba: tem só treze capítulos. Beer drinking and hell raisers deve ser o que vou ler primeiro.
Ele conta que nasceu e que já berrava muito, provavelmente ensaiando (fofo), o pai o abandonou aos 3 meses de idade (no meu caso, fui rejeitada pela mãe biológica, mas isso aos 2 anos e pouco - mais concidências). Cara, o pai dele era Padre!!!!!!!!!!!
Ele o reencontrou 25 anos depois, mas isso já é muito detalhe, gente. ainda no prólogo ele fala do incidente com uma aeromoça por causa de uma garrafa de Jack Daniels quando ia receber o premio Grammy de 1991.
Capricorn é o primeiro capítulo, por outra concidência meu signo zodiacal que não tem nada a ver comigo, e as dificuldades em matemática (adivinhem) na escola, a professora tentando ensinar tricô aos garotos (!), enfim um livro que se anuncia deliciosíssimo de se ler com uma boa jarra de suco de acerolas da minha própria plantação e biscoitos alemães que só existem aqui no vale Europeu. E algumas frutas do meu pomar e um pedaço de queijo sem sal.

Stay tunned for more rock´n roll!

12 comentários:

  1. Ele é uma dos caras mais respeitados no meio do rock, não conheço ninguem que não goste desse "lenda viva", alem disso o motorhead é uma banda histórica que todo mundo imita e tem influencias.

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  2. Motorhead é a camisa mais vendida do meio underground!! Lemmy uma lenda viva de fato.

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  3. Terceira tentativa de comentário... vamos ver se agora a mensagem fica quieta aqui:

    Sire Lemmy! Antes do underground ter se "desenterrado" ele e o Motorhead eram contemplados por nós no valhala da conciência subversiva... engraçado, ainda olhamos para cima para vê-los. Mestres!

    Carpe diem, querida!

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  4. Agradeço o post do Episódio Cultural, mas não posso publicar nem comentário que lá vem a horda do mal jogando pedras, denunciando perfis dos correspondentes, e prejudicando os outros blogs. Uma pena. Adoraria colaborar contigo, como faço com os mais doidos que se arriscam. Ser maldita é legal mas tem seus problemas.

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  5. Obrigada pelo elogio ao meu blog, vindo de você fico extremamente feliz!!!
    Meu irmão, o Diego El Khouri, teceu um grande elogio sobre você e sua arte, e sobre ter sido uma das pioneiras a ser guitarrista em bandas punks. Eu li a entrevista que ele fez contigo e adorei!!!
    Amei seu blog e pretendo vir mais vezes.
    Beijos!!!

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  6. Agradeço o coment e a visita e principalmente as palavras positivas! Adoro a nova geração pois vocês trazem o futuro que vai substituir o burrrrocratas que corromperam o fanzinato.

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  7. 20 de abril de 2011 Motörjead em Floripa, Rock é um vão da arte que alimenta minha alma em '69 eu tinha uma banda chamada Stones, depois mudou o nome para cogumelos . Que bom conhecer seu blog, e ter você seguindo o seu. Sei bem como foi o início do Rock nos anos '70 para a mulher. Uma vez que nos anos '50 não havia estas barreiras.

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  8. 2 perguntas: já postou este livro traduzido? onde vc postou o livro traduzido do joey Ramone? Eu sou obrigado a dizer: se vc fez isso msm, foi do caralho! Fudido! hahahaha
    Mas sério, como vc, eu tb sou um grande fã de Ramones e Motörhead, a diferença é q não manjo de inglês a ponto de traduzir livros, eu demoraria uma década talvez. Se fez isso msm eu só tenho como te parabenizar, pq não tem jeito de fazer um brinde, infelizmente. Se não fez, eu bebo sozinho msm pra afogar as mágoas então, mas fica aqui meu apreço pelo seu bom gosto! haha
    No mais, saúde!

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  9. O do joey está aqui mesmo no vidadojoeyramone.blogspot.com só que não terminei os capítulos por falta de leitores. Abandonei o blog. O do Lemmy eu fiz a jumentice de dar o pen drive pro cara de um site fe fãs do Motorhead que era fanzineiro e adivinhe: ele desapareceu com ele, mas resumindo, o Lemmy conta desde sua infância, que era filho de um padre, a vida sem pensar muito e livre que levava, mesmo com dificuldade até a fama repentina e a notoriedade que não trouxe nenhuma fortuna. O problema com estes livros e outros que traduzi foi que burramente acreditei em promessas de pessoas que iriam publicar com o devido crédito, e depois colocavam como deles, o repúdio de ''amigos'' de muitos anos, os insultos e a inveja, enfim, coisas que deprimem e acabam com a vida de qualquer um! Acabei achando melhor esquecer, já que preciso criar a minha filha mais nova até 2016 quando completar 18, ou talves até antes disso, aí goodbye cruel world.

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    1. Poxa vida, que papelão esse fanzinho de Motörhead fez em?! Mas é um desgraçado, não tem nenhuma consideração com o seu esforço, como diria o Lemmy: NO CLASS, baby!!! NO CLASS!! É uma pena, tenho mta curiosidade de ler este livro. Vc deveria criar um e-mail pra armazenar esses arquivos pra ficar livre da dependência de gente dessa laia. No mais queria te parabenizar mais uma vez por esse blog, por trazer o universo do Ramones para o português e dar uma oportunidade aos cérebros de mendorato a entender q o Rock and Roll é mto mais q 'fudido pra caralho' e mt diferente desta imagem cuspida e escarrada pelo senso comum. Vou revirar este blog de cabo a rabo! =D E boa sorte aí na criação de sua filha, com certeza ela é uma garota privilegiada por ter uma mãe q além de ser tão dedicada - tenho uma noção disso pelos seus trabalhos em manter esses blogs, vai assegurar para ela o melhor que o Rock and Roll tem a oferecer!!! STAND!!!! Estou mt grato por sua atenção e saiba que seu blog está nos meus favoritos!!!! Abraço!

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  10. Agradeço o seu comentário tão caloroso, isso realmente é um consolo. Na verdade, tenho duas filhas biológicas, e alguns enteados. Estes tem mantido o blog. Estamos disseminando a anarquia, posso ir, mas vou deixar a semente do mal na terra! hahaha! Obrigada mesmo!

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