quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Uma lenda chamada Lemmy Kilmister




Muitos astros começam ''causando''. Começam se enfeiando, inventando gestos obscenos, protestos e demais mimimis e de repente vão se ''aviadando'' - e não tomem isso como homofobia, é a única palavra qu e cabe no afrescalhamento a que se dedicam após uns míseros trocados e conseguir pegar uma famosidade. Somente um deles tem sido fiel e linear e por isso genial em sua verossimilhança: este homem se chama Lemmy Kilmister e do Olympus nos legou o Motörhead.
Porém o tempo, este mau, sempre vem de sopetão nos mostrar que nossa vida já acabaou há décadas e  que de repente somos poeira ao vento fazendo hora extra sobre a terra. Hoje o rock e o metal são sinônimos não de protesto, de mudança ou de atitude, mas de grifinhas baratas, cabelos chapinha e batom boticário e perfume fedido de baunilha.

Apesar de ainda entre nós, o momento de o perdermos se encaminha a passos largos. E um pedaço imenso da minha inconformidade com o rumo cada dia mais afrescalhado e fútil que toma a humanidade está para desaparecer, pois ele não deixa herdeiros.

Embora visto como um dos deuses, seu corpo humano começa a dar sinais de fraqueza e sua imensa legião de fãs não foi suficiente para produzir alguém que desse o maior foda-se a tudo que é monocromático na vida e na arte.

Posso perdê-lo. Poucos, como eu, os raros e loucos, como dizia Hermann Hesse, sentirão um golpe fatal. Coisa que a geração gaminho nunca entenderá. Assim como ele, desapareceremos deste mundo, sem deixar outros que continuem a viver a vida plenamente, visceralmente e mostrando que isso é possível. A frescuragem continuará. A arte sempre indo só pelo caminho da anorexia. A pedofilia reinando. Mas lá numa galaxia distante, tenho fé, estará nos esperando Lemmy Kilmister.

...e antes deste dia, quando uma vegetação cor de vinho num céu verde nos acolher, estarei lembrando da orça que teve nossa geração.

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