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sábado, 18 de agosto de 2012

Free Pussy Riot

Pussy Riot
As rés foram reconhecidas responsáveis pela arruaça por motivo de ódio e hostilidade religiosa. Nadejda Tolokonnikova, Maria Aliokhina e Ekaterina Samutsevitch irão passar em regime de prisão comum dois anos a partir do momento da sua detenção em março deste ano. Os advogados pretendem recorrer do veredicto do tribunal.

Todo mundo já sabe da história das integrantes da banda, presas na Russia por um russo com alma de brasileiro. Eu sempre digo que estas mulheres tem uma sorte incrível de terem nascido bem longe do Brasil, onde ao invés de receberem apoio para que se corrija a injustiça, seriam massacradas pelas próprias ''mulheres'' em obediencia aos ''machinhos'' machistas só porque eles nasceram com uma coisa inútil, na maioria dos casos, no meio das pernas e sem nenhum cérebro.
Eu só faço uma única pergunta: como pode uma coisa destas acontecer em pleno 2012? Ah, mas, claro, é 2012!

Vou atualizar esta postagem periodicamente, para melhor acompanhamento do affair.
Pussy Riot Nadejda Tolokonnikova, Maria Aliokhina, Ekaterina Samutsevich, julgamento, protesto, Rússia, Moscou

Pelo simples motivo que esta é a banda que eu sempre quis formar, mas nunca encontrei mulheres como estas, com todas as letras maiúsculas, que topassem. Minhas companheiras de banda estavam sempre desesperadas para contentar os ''machinhos'' do metal e assemelhados. Aliás, não é preciso falar da falta de personalidade dos brasileiros. Imagine de garotinhas recém saídas das fraldas que pensam que só porque tomam até alcool de garrafa plástica, se entopem de tattoos e piercings, raspam um lado da cabeça e tingem de cor de salsicha já é o suficiente para se considerarem ''do rock e de atitude''.

Os russos alegam que: 

Ação das Pussy Riot: uma arruaça insolente e não um performance


Dois dias depois de sua condenação, Mark Knopfler, Foster The People, First Aid Kit e Grizzly Bear são alguns dos músicos que se mostraram indiganados com a prisão de Nadejda Tolokonnikova, Yekaterina Samutsevich e Maria Alejina.

Vá ao twibbon e ponha um sinal nas fotos dos seus perfis nas redes sociais em apoio as minhas heroínas:

twibbon.com

Madonna, minha outra ídala, afirma que a sentença contra Pussy Riot é desumana! 
Madonna, EUA, Pussy Riot, sentença, protesto

É, vivemos ainda na idade média no que se refere à mulher.
Amnesty outside the Russian Embassy in London campaigning for the release of Pussy Riot.

Crie sua música de protesto em apoio:
http://www.collapseboard.com/everett-true/create-your-own-pussy-riot-protest-song/

sábado, 17 de março de 2012

Requiém para meu perfil do facebook

Mil a zero pra horda do mal, que deve estar soltando rojõezinhos pink, acabo de perder minha conta no facebook.

Prometo que se nenhum dos meus teens conseguir reavê-la, vai ser adiós amigos.

É incrível como existe gente desocupada deste lado do mundo. Fico pensando como sobrevivem, pagam as contas de internet, e eletricidade, só pra dizer o mínimo necessário a financiar a destruição da vida dos outros, mesmo que virtual, já que são covardes demais para puxa um gatilho. Ou talvez não tiveram acesso a armas frias.

Sentirei saudades das bandas, dos ex-companheiros de reportagens, zineastas, e etc.. e talz.
E se alguém souber de alguma rede social ainda não descoberta por digãomarciokris e seus subordinados, me avisem!

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Internet, geradora de depressão.

Um dos meus hobbies é a biopsicologia. E sempre recebo artigos interessantíssimos como o que segue, que gostaria de compartilhar com o leitor após tê-lo recebido num debate sobre rede social gerando discriminação e inclusão. 
Adoro a internet e não tenho vergonha de dizer que é parte integrante da minha última temporada. Especialmente pela luz que lança sobre todas as questões e a facilidade que trás de desmascarar o mal. Pessoas que conhecemos durante uma vida inteira revelam ali no desespero de aparecer coisas que nunca poderíamos suspeitar sem a transparência desta ferramenta.


extraído do http://www.olharvital.ufrj.br/2010/?id_edicao=208&codigo=4


Quem nasceu primeiro: a internet ou a depressão?

Marina Lins – AgN/PV

Pessoas viciadas em internet são cinco vezes mais deprimidas (*) do que outros internautas. Essa ligação entre a rede e a doença foi descoberta em uma pesquisa realizada na Universidade de Leeds, na Inglaterra, que examinou 1319 pessoas com idades entre 16 e 61 anos.  
Contudo, os cientistas ainda não sabem dizer o que vem primeiro: se o uso excessivo de internet gera depressão ou pessoas deprimidas procuram mais a rede? “Agora precisamos investigar a natureza desta relação e avaliar a questão da causa”, afirmou Catriona Morrison, uma das autoras da pesquisa. 
Para debater o assunto, o Olhar Vital convidou o psiquiatra Flávio Alheiras e Paulo Vaz, professor de psicologia aplicada à comunicação da UFRJ.  Flávio Alheiras
Psiquiatra do Serviço de Psiquiatria e Psicologia Médica do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho da UFRJ
“A depressão é um transtorno que se caracteriza pela presença de humor deprimido, diminuição da energia, desesperança, pessimismo, sentimentos de culpa e menos valia, pensamentos negativos. Pode apresentar alterações do sono e do apetite e, em casos graves, ideação suicida. A depressão pode ser dividida em leve, moderada ou grave, e pode estar presente todos ou somente alguns dos sintomas citados e sua gravidade varia muito entre os pacientes. 
Ainda não sabemos o que realmente provoca a depressão. Existem vários estudos que buscam uma resposta, mas ainda são inconclusivos. Parece que é necessária a conjugação de diversos fatores para que haja o desencadeamento de uma depressão: genéticos, bioquímicos, ambientais, psicológicos etc. Não é possível atribuir aos computadores a responsabilidade por produzir depressão. Se fosse tão simples assim, a maioria das pessoas que passa o dia inteiro diante de computadores estaria deprimida, o que não ocorre. 
É possível que pessoas com uma maior tendência ao isolamento social encontrem na internet uma espécie de refúgio. E talvez algumas delas tenham um maior risco de se tornarem deprimidas. 
A internet, tão disseminada hoje, ainda é um instrumento muito recente, não sendo possível avaliar com precisão os seus efeitos. Tudo vai depender da relação do indivíduo com a rede: uns podem se tornar dependentes, se isolarem socialmente e sofrerem prejuízos funcionais. Outros podem se relacionar de maneira saudável e não apresentarem prejuízos. 
Para que uma pessoa chegue a confundir o real com o virtual, ela deve apresentar algum transtorno psiquiátrico. Distorções da realidade ocorrem em diversos transtornos mentais independente de a pessoa usar ou não a internet.” 
Paulo Vaz
Mestre em filosofia e professor de Comunicação, Psicologia e Cognição na Escola de Comunicação da UFRJ
“Os estudos de comunicação norte-americanos utilizam o termo ‘medos respeitáveis’, os respectable fears, que associa um novo meio de comunicação a uma série de problemas sociais. Como se você pensasse assim: o surgimento desse meio de comunicação vai fazer com que as pessoas não se comportem direito, ajam anormalmente, sofram etc. Eu acho que essa notícia de que a internet causa depressão faz parte desses ‘medos respeitáveis’. 
E é uma história antiga. No início do século XVII, tentavam proibir as mulheres de ir ao teatro. Achavam que, se elas vissem alguém beijando na boca, sairiam beijando na boca. Ou seja, o surgimento do teatro e sua popularização era temida e criticada pela possibilidade de levar as pessoas a serem imorais. Do mesmo modo, Dom Quixote surge exatamente quando a imprensa está se desenvolvendo e o tema é essa confusão entre o real e o imaginário. Algumas pessoas liam muitos romances de cavalaria, de heróis medievais e guerreiros, e o próprio Dom Quixote, de tanto ler, pensou que a vida dele era também a de um herói medieval. O mesmo acontece em Madame Bovary. Flaubert está criticando não mais a imprensa e os livros baratos, como no caso de Dom Quixote, mas os romances que saíam semanalmente nos jornais: os romances de folhetins. E a ideia era que a Madame Bovary lia tantos romances assim, que diziam que a mulher devia casar com o amor da sua vida, que acabou traindo o marido etc.  
Desde que a internet surgiu, há esse medo de confundir o real com a ficção e tinha-se a ideia de que internet viciaria. Foi a primeira hipótese; na verdade, como se fosse uma droga. O efeito seria o mesmo: por não suportarem a realidade da vida, as pessoas vão para um mundo imaginário, que é o mundo da internet e preferem esse comportamento de fuga a enfrentar seus problemas. Isso é tudo moralidade idiota, eu não acredito nisso. Do mesmo modo agora, a ideia é a internet causa depressão ou o contrário: uma pessoa deprimida foge para a internet. Isso é só uma pesquisa que surge porque a internet é um novo meio de comunicação e a depressão é uma nova doença. Você está tentando associar duas coisas que têm um estatuto complicado.  
A própria caracterização da depressão como doença mental é muito difícil, você  tem vários psiquiatras e psicanalistas que questionam o conceito de depressão, o que eles chamam a perda da tristeza. Antigamente, ficar triste fazia parte da vida e não era doença. Hoje, qualquer tristeza mínima já é interpretada como doença mental. Então, a própria categoria de depressão é complicada. Por sua vez, a internet é um meio novo, onde as pessoas vão colocar uma série de medos. Por exemplo, uma questão que já vinha com a TV e é a mesma história da moça no teatro: crianças que veem muito desenho animado violento se tornam violentas; garotos que jogam videogame violento vão se tornar violentos. Eu brinquei de forte Apache, vi desenhos animados violentos e não sou violento. Não é uma relação causal, é apenas um esforço social para associar dois fenômenos que chamam atenção. 
Primeiro, duvido do próprio conceito de depressão, que isso seja uma doença. Estou propondo uma visão onde se relativize a própria pesquisa. Essa pesquisa talvez derive desses “medos respeitáveis”, uma tentativa de dizer: meios de comunicação fazem as pessoas misturarem o real com o imaginário, fazem com que elas se percam nesse imaginário e, por isso mesmo, fazem-nas ficar doentes. Nesse caso, acho que os cientistas pensaram que as pessoas deprimidas não têm capacidade de lidar com seus problemas e passam a viver nesse mundo imaginário, que é o mundo da internet, com amigos virtuais. Como se você fosse preferir o imaginário ao real, confundir o imaginário com o real. Enquanto, na verdade, eu adoro literatura, ler foi decisivo na minha vida. Viver um mundo imaginário, através do qual nós sejamos capazes de abrir nossas experiências, quem nós somos, isso é maravilhoso. O que eu acho curioso é que não exista uma pesquisa desse gênero que não fale exatamente o oposto, que a internet possibilita fazer amigos e enriquecer a experiência dos indivíduos.” 


(*) Estamos todos lascados!


terça-feira, 17 de agosto de 2010

Nada como o futuro!

Eu gostava de assistir a uma peça de teatro hilária quando morava no Freezer e que era infato juvenil mas que curtia mesmo eram os ''adultos'' que levavam as crianças. E nela tinha uma parte que uma personagem cantava, debochando das convenções sociais:

- No tempo do meu marido...
eu dormia só no chão
(triângulo, tambor e coro:)
agora que não tenho durma em cama de colchão


..eu já contei minhas agruras depois de passar por um período só comparável ao LOST (quem quiser saber o final eu conto) e hoje estávamos  cantando aqui que até doeram os recentes pontos adquiridos numa cirurgia.


No meu tempo de teen, de young lady, como diria o Geoffrey, era muito cômodo pra um cara se juntar com um bando de machos e esculachar as garotas arrotando a sua superioridade de maneira escrota, tosca e grotesca. E todos os outros ''machos'' e outras recalcadas saíam apoiando este comportamento e endossando. Hoje, para minha imensa felicidade (a única que levarei para o crematório brevemente) é o contrário!

Ah, Aldous Huxley, como estou alegre em receber o seu mundo novo!
Pois é, hoje o mundo é das garotas e nele este tipo de atitude gera piada e riso por muitos e muitos minutos!



Sabendo que não adianta contestar, que o rock é balela, e que o lugar da mulher na sociedade está ocupado por ''homens'', elas são bem mais leves e felizes que a minha geração que ingenuamente acreditava que ia ''amar e mudar as coisas''.
Tenho um arrependimento enorme por ter nascido 100 anos adiantada. Hoje recebi um carinho enorme, um apoio tão grande e como boa múmia fiquei com nó na gargante e olhos cheios de lágrimas diante da atitude e da coragem de duas das minhas ''ratinhas''. A mão amiga muitas vezes vem não de cima, dos altos e fortes. Mas, do mesmo barco, ou de um puxão na barra do jeans.

E vamos pogar no meio da sala entoando o refrão de uma música antiga, mas que ainda não teve equivalente gravado pelos restarts e replaces que tanto as nossas ratinhas independentes da opinião bolorenta adoram mas que carregam em seus Iphones, usando calça colorida e tudo:

No future
no future
no future
for you!