Mostrando postagens com marcador poesia. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador poesia. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Cecília Fidelli: talento, garra e poesia

continuação da saga: fanzines, os excluídos


QUE BOM QUE O AMOR NUNCA ACABA.



É SÓ TORCER O SENTIMENTO,



QUE AINDA SAI MUITA LÁGRIMA.



 

Você confundiu com Cecília Meirelles. E ninguém neste mundo é mais digna de tal confusão. No meu tempo de fanzine tive a hora e o privilégio de conhecê-la e de receber sempre suas cartas amigas, seus poemas maravilhosos e vê-los nos nossos fanzines também. De uma criatividade e um talento nunca igualados, Cecília sempre foi mágica com as letrinhas. Uma mulher muito bonita, de olhos brilhantes, que tem dois filhos lindos que conheci quando crianças, e uma batalhadora na vida, no underground, corajosa e que nada conseguiu derrubar, aí vai um pouco de sua história, contada por ela mesma.

CECILIA FIDELLI.




Só posso copiar e colar o carinho e atenção que recebi de Cecília como forma de gratidão pela nossa amizade do passado e da atenção, generosidade e carinho do presente:


MUITA PAZ E MUITA POESIA EM SUA VIDA, CECILIA FIDELLI!



No tempo em que os fanzines eram de papel e as letrinhas como as de bula de remédio, ela era presença obrigatória e solicitada em todos os fanzines, fossem de que estilo fossem, e nos nossos mais ainda.








Poetisa e editora dos informativos alternativos culturais  REVIRAGITA POESIA E LETRA VIVA, pertence a várias instituições culturais do país, tem poemas e artigos publicados em diversos jornais do Brasil, participação em várias coletâneas e como convidada especial em livros de poesia de poetas amigos.
   PREFACIOU O LIVRO - POEMAS DOMADOS SOB O SIGNO DA LUA, Do jornalista brasiliense Anand Rao. Teve muitas publicações independentes com o apoio da infelizmente já extinta SOCIEDADE DOS POETAS  ALTERNATIVOS - SP - 

 RECEBEU MUITAS HOMENAGENS E PRÊMIOS COMO:

- A POETISA DESTAQUE DO UNDERGROUD BRASILEIRO EM 98, 99 E 2.000

Tem mais:

COISA NOSSA E LOGO EM SEGUIDA, CORES DA ALMA, COM


ALGUMAS POESIAS, MUITOS POEMAS E VÁRIAS CITAÇOES.


SONHO - R E A L I Z A DO !


Em suas palavras:


ADQUIRÍ COM ISSO, UM POUQUINHO DE

AMADURECIMENTO.

DIRIA QUE SUBI MAIS UM DEGRAUZINHO.

SOB A INFLUENCIA DE POETAMIGOS QUE NUNCA

ME ABANDONARAM, CHEGUEI AO ORKUT.

AFINAL, HAVIA PERDIDO MUITOS CONTATOS

PRA INTERNET.

ENTAO ME RENDÍ.

SABE, COM A IDADE A GENTE VAI FICANDO MAIS

BOAZINHA, MAIS COMPREENSIVA, MAIS

TOLERANTE.

MAS, MESMO ASSIM, HOJE SOU MAIS ZINEIRA QUE

POETA. ME IDENTIFICO COM A GALERA DA MÚSICA,

COM OS DESENHISTAS, QUADRINISTAS... DO QUE

COM A POESIA PROPRIAMENTE DITA.

EU SOU DO TIPO QUE NAO PRECISA DE UM TEMA

PRA ESCREVER. , ,MAS, DE UM MOTIVO.

É ISSO.

MAIS UMA PÁGINA ESCRITA. MAIS UMA ETAPA VENCIDA.

MAS, CONTINUO SEMPRE EM BUSCA DE NOVAS LUZES.

HOJE, AS LONGAS SENTENÇAS SOBRE INJUSTIÇAS

TRANSFORMARAM-SE.

HOJE, PASSO MAIS PERFUME AOS NARIZES ALHEIOS.

MAS, DE QUALQUER MODO, AINDA NAO SOU UM REDUTO

DE LIRISMO.



NOS MEUS ÁLBUNS DO ORKUT SOB OS TÍTULOS - REVIRAGITA

POESIA 1 E 2, VOCE PODE SABER MAIS SOBRE MIM.



COMO NAO TENCIONAVA LUCRO, E A RECEPTIVIDADE FOI

MUITO BOA, LOGO SE ESGOTARAM.

ENVIEI EXEMPLARES PRA VÁRIAS INSTITUIÇOES CULTURAIS,

BIBLIOTECAS, ETC...

FIQUEI, POR MOTIVOS QUE NAO VEM AO CASO, AFASTADA

DO MEIO POÉTICO POR 8 ANOS APROXIMADAMENTE.

NESSE PERÍODO ME DEDIQUEI EXCLUSIVAMENTE AO

ARTESANATO. UM OUTRO ATO, UMA OUTRA ARTE E À

MUITA LEITURA SOBRE ESPIRITUALIDADE E ANIMAIS.

FUI ATIVISTA CULTURAL DE 89 A 2005.

NESSA TRAJETÓRIA, O MAIS SIGNIFICATIVO FOI O

ALTERNATIVO CULTURAL REVIRAGITA POESIA, QUE

EDITAVA, SEMPRE OBJETIVANDO VALORIZAR E

DIVULGAR A ARTE INDEPENDENTE PRODUZIDA EM

NOSSO PAÍS. DE NORTE A SUL, DE LESTE A OESTE,

O REVIRA CIRCULOU VIA POSTAL.

TINHA PERIDIOCIDADE INCONSTANTE.

AS VEZES SAIA UMA VEZ POR MES, OUTRAS, UMA

VEZ POR SEMANA...

COM MATÉRIAS INFORMATIVAS, NUNCA CRÍTICAS,

E NA BASE DA XEROX.

MUITOS ARTISTAS DE TODOS OS SEGMENTOS POR

ALI DESFILAVAM.


Deixei apenas estes dois poemas dos milhares que ela escreve e são maravilhosos por terem mais a ver com o meu momento bipolar sabor campari, vermelho, amargo mas irresistível para alguns, que eu odeio, mas não encontrei materialização melhor.




NUM CAFÉ, PREPARO SONHOS AMARGOS.

AÇUCAR NA XÍCARA...

AOS PULMÕES, CIGARROS.

À ALMA, SENTIMENTOS TRISTES

POR MEUS IRMÃOS EGOÍSTAS,

QUE NÃO CONSIGO PERDOAR.

NUM CAFÉ, PREPARO SONHOS AMARGOS.

MUITAS VEZES, O FUNDAMENTAL

É JULGAR.



quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Quem matou a poesia?

Disse HG (*) citando Ferreira Gular talvez. Mas a arte vive fora do quadradismo da academia:

Hora degradê




Vai então,
ser top model do próprio destino,
da verdade onipresente,
da impotência em revidar.

Viver suas rimas
tão cheias de prosa,
tão ricas,
tão infelizes.

Vai,
interpretar os tais sonhos escolhidos a dedo,
que falar por falar sem falar por si mesmo
é imensa ousadia pra quem nada diz.

Vai,
ao pregão dos leiloeiros do caminho que é sem volta,
já que o valor do lance também pouco lhe importa
quando a vã recompensa são embalos de sábado adeus.

A horta dos sonhos meigos é regada a palavras chulas
e exige bem mais trabalho que a indústria da eterna mesmice.

Então vai você, que eu fico por aqui mesmo,
sabedor que seu vinerlóser não passa de moeda de troca no câmbio da ideologia, analfabeticamente rendido ao mantra:

Muito karma nessa hora...


Paulo Eduardo de Freitas Maciel de Souza y Gonçalves


(*) (Humberto Gessinger - para os mais novos). 

Como é bom que existam mais mutantes que identificam o som e a cor contidos nos códigos.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Diretamente de meus rabiscos:

Infância é doce
líquida, geladinha
derrete, evapora
e volta com raios e trovões adolescentes.

Mell sempre vem pedindo: preciso de uma poesia (já expliquei que é poema...) urgente, não pode ser copiada da internet.
Passo a mão num guardanapo de papel ou recibo, verso de propagando, e voilá!
Ontem era pra participar de um concurso para ganhar não sei o quê no dia da criança, sobre a infância. Fase macabra da minha vida que não gosto de lembrar que existiu, aliás não gosto de lembrar de nada,não tenho porque olhar para trás.
 Vários rabiscos depois, guardei este, de que eu gostei mais.


sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Consuma Tom Zè! Compre Tom Zé! Experimente Tom Zé!

Falei tanto do Raul e esqueci deste que, como eu, ainda vivo, nos brinda todo ano com alguma arte. Tom Zé é criança fazendo arte. É um querubim brincando com a vida.

http://www.youtube.com/watch?v=J8vYTqqKwRw

Adoro quando passo perto da TV e o vejo com as boquinhas vermelhas cantando Ah, Oh e passamos o dia inteiro a repetir a música.


Eu preciso mandar notícias



pro coração do meu amor


me cunzinhar      Errei não, é assim mesmo!


pro coração do meu amor


me refazer

me sonhar, me ninar, me comer,


Me cunzinhar


como um peru bem gordo


me cunzinhar

como um garrote arrepiado


um casal de pombas


que saiu da sombra.






Me cunzinhar


como um bezerro santo


canário preso


pra limpar o canto


luxa no alpiste


mas o trinado é triste.






Eu escrevo minha carta


num papel decente


quem se sente

quem se sente com saudade


não economiza


martiriza


Martiriza o pensamento


eu digo no papel


que o anel


no anel do pensamento


andei duzentas léguas


minha égua


minha égua esquipando


o peito me sacode,


cada golpe.






Nesse golpe do galope


que o envelope engole


cada gole


cada gole da lembrança


vale um tesouro


é besouro

é besouro que se bate


sempre na vidraça


quando passa


quando passa em pensamento


volta na saudade


toda tarde.






Eu preciso mandar


mandar notícia.






Ai, ai, ai, ui (repete)


Tom Zé, my darling! Mande sempre notícias pelos poemas nas suas músicas!



 
 
 
 
 
 
 
 
 

Por quê? (se perdeu acento, f-se! Adoro o chapéuzinho e continuo a usar como liberdade poética) as majors não se apaixonaram por ele????????????Olha esta letra: